terça-feira, 24 de agosto de 2010

1ª Parte: A cidade e suas possibilidades educativas

Atividade da disciplina ESTÁGIO SUPERVISIONADO III, levantamento de tópicos da apostila de Licenciatura em Artes Visuais, módulo 07.


Frequentemente, a arte que existe em nossa vida cotidiana é invisível.
No entanto, quando a arte local é interpretada a partir do seu contexto, essa interpretação aciona não só uma maior compreensão da arte em si, mas também uma análise crítica do sistema de produção e dos valores nela refletidos (...). O perturbamento do familiar descreve esse processo de tornar visível a arte e a cultura locais(...). (BASTOS, 2006)

A cidade, ao longo da história, tornou-se um lugar privilegiado para a proliferação de discursos e construção de imagens, devido a enorme concentração de pessoas e objetos, que se tornam a todo momento, símbolos especiais. O contato cotidiano também favorece a construção de imagens. É através do contato com os outros e com o mundo, através dos discursos, das representações, desejos e receios, que a imagem é construída. (ARRAIS, 2001, p.178).

Toda cidade forma, todas elas educam, pois todas são resultados de um processo cultural, histórico e social. As pessoas não se juntam, organizam-se num determinado lugar despretensiosamente! Nesse sentido, toda cidade pode ser educadora, pois ela fala de cada um de nós e do outro com o qual ajudamos a formar!

Segundo Moacir Gadotti, várias cidades brasileiras são membros da Associação Internacional de Cidades Educadoras: Belo Horizonte (MG), Caxias do Sul (RS), Cuiabá (MT), Pilar (PB), Porto Alegre (RS), Piracicaba (SP), Alvorada (RS) e Campo Novo do Parecis (MT).

Achei importante ressaltar o quanto a “Carta das Cidades Educadoras” fala de uma cidade possível. Apesar de todos os obstáculos do mundo contemporâneo, esta cidade é viável na medida em que nos esforçarmos para sua existência.

De acordo com a própria Carta das Cidades Educadoras, a cultura e a educação devem ter prioridades no recebimento de investimentos, pois somente a partir deste investimento é que os cidadãos poderão desenvolver seus potenciais. Acreditamos que enquanto estudantes / educadores precisamos nos ater nestes investimentos. A cultura é aquilo que trazemos nas nossas marcas, nas nossas ancestralidades e contemporaneidades. Ela é aquilo que nos faz humanos, sociais, históricos, é o que nos faz ser deste lugar e não daquele. Ela diz respeito a todos os fazeres, saberes e viveres pelos quais as pessoas se constituem em seus lugares, nas suas cidades, nas suas terras.

O principal objetivo de uma cidade educadora é promover a cidadania. Para Gadotti, não existe cidadania sem democracia. E a própria cidadania pode ser entendida em seus vários âmbitos: social, econômico, político, cultural, etc. Assim, almejamos uma cidade que eduque e que exista “além de suas funções tradicionais” (GADOTTI, 2005, p 1).


Vale ressaltar que a cidade educadora dispõe não somente da educação formal, mas também e, principalmente, da não-formal, e que todas estas práticas possuem objetivos pedagógicos claros, que ultrapassam a forma aleatória com que possam surgir no âmago das comunidades.

Fonte: Apostila de Licenciatura em Artes Visuais, módulo 07.

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